É totalmente falsa a notícia de que o governador da Bahia, Rui Costa, teria mandado recolher das farmácias mais de 40 mil comprimidos de hidroxicloroquina. Mais uma vez pessoas criminosas usam as redes sociais para espalhar mentiras e o pânico durante a pandemia do coronavírus.
O que de fato aconteceu: as vigilâncias sanitárias do estado e do município de Teixeira de Freitas fizeram uma ação conjunta de fiscalização no último dia 13 de julho, após denúncias de que uma igreja estaria distribuindo medicamentos controlados para a população, incluindo a hidroxicloroquina, conforme noticiamos aqui no site Bahia Contra o Fake.
As equipes de fiscalização impediram a distribuição, em virtude do local não possuir farmacêutico, nem alvará sanitário, bem como levaram para análise amostras dos medicamentos manipulados.
A Agência Lupa, da Folha de São Paulo, especializada em checagem de fatos e em combater fake news, também desmentiu a informação sobre o recolhimento de remédios na Bahia.
“Não, na Bahia, há qualquer restrição específica ao uso ou venda da cloroquina, da hidroxicloroquina, da ivermectina ou de qualquer outro remédio. Compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo a Lei 9.782/1999, autorizar ou vetar a comercialização de um medicamento. Autoridades estaduais ou municipais, portanto, não tem competência para isso”, apurou a Agência Lupa, que também citou informações publicadas no site Bahia Contra o Fake.
O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destaca que “não existe comprovação científica da eficácia desses medicamentos no combate ao coronavírus. Ao contrário do que alguns têm difundido, existem evidências de que os remédios podem fazer mal à saúde”.
No caso da cloroquina, conforme o titular da Sesab, a lei exige que seja retida a segunda via da receita e a medicação só pode ser entregue por um farmacêutico registrado. Ou seja, precisa ter controle e notificação sanitária e não pode ser distribuída livremente.
“Qualquer tentativa de expor a saúde da população ao risco, por pessoas que estão em busca de outros tipos de retorno, serão veementemente controladas pela Vigilância Sanitária do estado”, sentencia Fábio Vilas-Boas.