Dois conteúdos caluniosos com conotação claramente política partidária estão sendo distribuídos nas redes sociais e no WhatsApp com informações falsas sobre repasses do Governo Federal para a Bahia no enfrentamento à Covid-19. Um card fala sobre um suposto desaparecimento de R$ 75 milhões repassados pela União e um texto, que tem circulado predominantemente no WhatsApp, fala em R$ 370 milhões repassados à Bahia.
Até este momento, no entanto, foram repassados cerca de R$ 170 milhões à Bahia. Não há como desaparecer recursos públicos do cofre do Estado, independentemente da origem desse dinheiro. Os conteúdos mentirosos afirmam que o Governo da Bahia omite informações sobre os recursos federais e declara ter recebido apenas R$ 45 milhões da União. Essas informações também são mentirosas, pois todos esses dados são tornados públicos no Portal da Transparência da Secretaria Estadual da Fazenda.
Sobre a acusação de falta de transparência do Governo da Bahia, cabe ressaltar que o Poder Executivo criou o Comitê da Transparência justamente para assegurar que todas as informações sejam verificadas e tornadas públicas. O comitê é composto pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público Estadual.
Mais mentiras no texto do WhatsApp
O pico da pandemia na Bahia ainda não chegou, como afirma a mensagem que circula no WhatsApp. Houve previsão não concretizada em diversos estados brasileiros sobre o mês em que a pandemia chegaria ao pico, mas ações concretas de governadores e prefeitos freou o avanço da doença. Isso é um motivo para comemorar, não para criticar esses gestores públicos, que têm trabalhado incansavelmente para salvar vidas.
Outras informações falsas circulam na referida mensagem, que ataca de forma criminosa gestores de outros estados brasileiros. Todos eles estão em partidos políticos que fazem oposição ao presidente da República, que é enaltecido em diversos trechos, o que evidencia a conotação política do conteúdo. Há também um claro desestímulo à informação. O autor da fake news orienta que as pessoas não acessem determinados veículos, na contramão do que é recomendado para checagem de fatos. Nós sugerimos o contrário: duvide, questione, pesquise informações em sites oficiais e na imprensa. Não caia em fake news.