É fato que o Governo da Bahia pagou R$ 285 mil para pintar as UTIs abertas no Hospital Espanhol, em Salvador, exclusivas para tratamento de pacientes com Covid-19. O preço do serviço seguiu a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos (SINAPI) e está dentro do padrão nacional, ou seja, não há nenhuma irregularidade na despesa. A pintura tem características especiais para a finalidade contratada, do tipo epóxi, com base seladora e insufilm nas UTIs. Foram pintados 1.583 metros quadrados a um valor de R$180,45 o metro quadrado. Todo o processo foi publicado no Diário Oficial do Estado e está à disposição do Comitê de Transparência, criado pelo Governo do Estado para ampliar a atuação dos órgãos de controle estaduais.
Alguns perfis nas redes sociais estão publicando o contrato, questionando o valor do serviço e até o comparando com uma “pintura de ouro”. Não se trata disso. A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) ressalta que essa é a pintura adequada para locais que necessitam de desinfecção constante e foi usada para garantir a segurança de pacientes e profissionais da saúde, premissa seguida em toda a ampliação da rede.
O Hospital Espanhol estava fechado há cinco anos e foi reaberto por iniciativa do Governo da Bahia, que recebeu autorização da Justiça. O trabalho de reforma da ala reaberta deixou a unidade com capacidade de funcionar com até 220 leitos, atualmente 134 estão em funcionamento, sendo 80 clínicos e 54 de UTI com 440 profissionais trabalhando em revezamento de plantões.